A miosite dos músculos mastigatórios (MMM) é uma grave doença autoimune que afeta especificamente a musculatura da mandíbula em cães. Esse transtorno ocorre quando o sistema imunológico do cachorro ataca equivocadamente miofibras tipo 2M, que são exclusivas dos músculos usados para a mastigação.
Para tutores e médicos veterinários, reconhecer e tratar a MMM precocemente é essencial para aumentar as chances de recuperação. A seguir, entenda tudo sobre essa condição — desde os primeiros sintomas de miosite mastigatória em cães até os tratamentos mais modernos já disponíveis.
O que é a Miosite dos Músculos Mastigatórios?
A miosite muscular mastigatória é a doença inflamatória muscular mais comum nos cães. Ela atinge predominantemente os músculos utilizados na mastigação, como o temporal, masseter e pterigoideo. Diferente de outras doenças musculares, a MMM afeta apenas essa musculatura, pois são os únicos músculos do corpo canino a apresentar miofibras tipo 2M.
Essa doença, considerada uma doença autoimune em cães mandíbula, costuma apresentar duas fases: aguda e crônica. Na fase aguda, ocorre inflamação e inchaço da musculatura mandibular. Se não for tratada, avança para a fase crônica, momento em que a atrofia muscular facial em cachorro e cicatrização dos tecidos podem causar danos irreversíveis. Entender a diferença entre fase aguda e crônica miosite é fundamental no acompanhamento da doença.
Sintomas Comuns e Sinais de Alerta
Os sintomas de miosite mastigatória em cães podem surgir de forma súbita ou progressivamente, destacando a importância do diagnóstico precoce miosite. Os sinais de alerta mais frequentes incluem:
- Dificuldade para abrir a boca (trismo)
- Dor ao tentar mastigar ou brincar com brinquedos
- Inchaço na região da mandíbula
- Salivação excessiva
- Linfonodos aumentados na cabeça e pescoço
- Febre e letargia
- Perda de peso devido à dificuldade para se alimentar
Esses indicadores são essenciais para quem quer saber como identificar miosite em cachorro e devem ser comunicados ao veterinário imediatamente.
Diagnóstico e Exames Necessários
O diagnóstico de miosite mastigatória canina é baseado em vários métodos, sendo o exame de anticorpos 2M no sangue o mais preciso. Esse teste apresenta sensibilidade de 85-90% e especificidade de 100% para MMM, devendo ser realizado antes de qualquer tratamento, pois alguns medicamentos podem alterar os resultados.
Outros exames necessários para miosite canina incluem biópsia muscular, exames de imagem como ressonância magnética (MRI) ou tomografia computadorizada (CT), além de análises sanguíneas para descartar outras doenças. O diagnóstico correto depende também de uma avaliação clínica detalhada.
Opções de Tratamento e Manejo
O tratamento padrão para a miosite muscular mastigatória tratamento consiste em doses elevadas de corticosteroides, normalmente prednisona ou prednisolona. O protocolo habitual inclui:
- Dose inicial alta de corticosteroide em cães (1 mg/kg a cada 12 horas)
- Duração de tratamento entre 3,5 e 6 meses antes do início do desmame da medicação
- Redução gradual da dose conforme resposta clínica
- Monitoramento frequente para efeitos colaterais de corticoides em cães e complicações
Em alguns casos, outros imunossupressores podem ser utilizados. O suporte com dieta recomendada para miosite em cães, com alimentos macios e de fácil ingestão, além de fisioterapia, é vital para a recuperação de função mandibular canina. Os cuidados para cachorro com miosite são fundamentais ao longo do tratamento.
Prognóstico e Recuperação a Longo Prazo
Com tratamento precoce e adequado, cerca de 91% dos cães conseguem recuperar a função mandibular satisfatória. Contudo, algum grau de atrofia muscular facial pode permanecer permanentemente, e os relapsos em miosite muscular mastigatória são possíveis. O fundamental para o prognóstico da miosite mastigatória canina é a identificação precoce e início rápido do tratamento.
A prevenção de miosite mastigatória em cães inclui o acompanhamento regular do quadro e ajuste das medicações quando necessário. Alguns animais podem requerer terapia crônica ou de forma intermitente para controlar recidivas.
Perguntas Frequentes
- O que é miosite dos músculos mastigatórios em cães?
É uma doença autoimune que afeta especificamente os músculos responsáveis pela mastigação dos cães, causando inflamação e possível atrofia desses músculos. - Quais são os principais sintomas da miosite mastigatória?
Dificuldade para abrir a boca, dor ao mastigar, inchaço na mandíbula, salivação excessiva, febre, linfonodos aumentados e perda de peso. - Como é realizado o diagnóstico da miosite mastigatória canina?
O diagnóstico envolve exames clínicos, testes de anticorpos 2M, biópsia muscular e exames de imagem como ressonância magnética. - Qual o tratamento indicado para miosite dos músculos mastigatórios?
O tratamento é feito com imunossupressores, principalmente corticosteroides como prednisona, além de suporte alimentar e acompanhamento veterinário. - Existe cura para a miosite mastigatória em cachorros?
A maioria dos cães tratados precocemente recupera a função mandibular, mas pode haver atrofia muscular permanente e necessidade de tratamento futuro. - Quais raças de cães são mais propensas à doença?
Cães de porte grande, como Pastor Alemão, Labrador Retriever e Golden Retriever, são mais frequentemente afetados, mas qualquer raça pode desenvolver MMM. - Quais cuidados diários são recomendados para cães com miosite mastigatória?
Oferecer alimentação macia ou pastosa, evitar esforço mandibular, monitorar dor e manter acompanhamento regular com veterinário. - A miosite mastigatória pode voltar após o tratamento?
Sim, há risco de recidiva, exigindo nova avaliação veterinária e possível retomada de terapias. - Quais são os efeitos colaterais dos medicamentos usados no tratamento?
Corticosteroides podem causar aumento da sede, fome, alterações comportamentais e predisposição a infecções; por isso, é fundamental o acompanhamento médico.






