A febre do leite em gatos, também conhecida como eclâmpsia felina ou tetania puerperal, é uma urgência veterinária que pode afetar as gatas no período de amamentação. Essa condição, potencialmente fatal, acontece quando os níveis de cálcio no sangue caem perigosamente durante a lactação, normalmente nas primeiras semanas após o parto. Entender esse problema é fundamental para tutores e criadores de gatos, pois permite a rápida identificação e o início do tratamento imediato.
Apesar de ser mais rara em gatos do que em cães, a febre do leite exige intervenção veterinária urgente sempre que ocorre. Neste guia completo, você aprenderá sobre as causas da febre do leite em gatos, sintomas iniciais e graves, opções de tratamento da febre do leite em gatos e estratégias de prevenção da eclâmpsia em gatos.
Entendendo a Febre do Leite em Gatos
A febre do leite se desenvolve quando o organismo da gata lactante não consegue manter níveis adequados de cálcio devido à alta demanda da produção de leite. Isso é especialmente comum em gatas com grandes ninhadas, pois precisam garantir cálcio suficiente não só para si, mas também para todos os filhotes. Gatas de primeira viagem e as que tiveram alimentação inadequada durante a gestação estão entre as gatas mais propensas à eclâmpsia.
Sinais Iniciais e Sintomas da Febre do Leite
Como identificar a eclâmpsia em gatos? O reconhecimento precoce dos sintomas é essencial para salvar a vida da gata. Os sinais iniciais da febre do leite em gatos costumam ser sutis, mas podem piorar rapidamente em questão de horas:
- Inquietação e ansiedade
- Respiração ofegante ou acelerada
- Gata amamentando com tremores ou espasmos musculares leves
- Marcha alterada ou rigidez muscular
- Diminuição da atenção com os filhotes
À medida que a condição avança, podem surgir sintomas graves de eclâmpsia felina:
- Espasmos musculares intensos
- Gato com convulsão pós-parto ou crises convulsivas
- Febre alta (acima de 40,5°C)
- Incapacidade total de caminhar
- Extensão rígida das patas
Causas e Fatores de Risco
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da febre do leite em gatos:
- Grande perda de cálcio pela produção de leite
- Dieta pobre em cálcio durante gestação e amamentação
- Suplementação excessiva de cálcio na gestação, prejudicando a absorção natural
- Tamanho da ninhada elevado, aumentando o risco de hipocalcemia em gatos
- Gatas mais propensas à eclâmpsia, especialmente as de primeira cria
- Distúrbios hormonais subjacentes
Diagnóstico e Tratamento de Emergência
O diagnóstico da febre do leite é feito pelo veterinário, com base nos sintomas clínicos, histórico de parto recente e exames para hipocalcemia em gatos, que medem os níveis de cálcio no sangue. O tratamento da febre do leite em gatos deve ser iniciado imediatamente e inclui:
- Suplementação intravenosa de cálcio de urgência (urgência veterinária após parto de gato)
- Monitoramento rigoroso da frequência cardíaca durante o procedimento
- Separação temporária dos filhotes (quando separar filhotes de gata doente)
- Cuidados de suporte e observação contínua
- Uso eventual de anticonvulsivantes, se houver convulsões
Prevenção e Manejo
A prevenção da eclâmpsia em gatos é sempre preferível ao tratamento. Algumas medidas fundamentais incluem:
- Oferecer alimentação adequada para gata lactante, com ração de filhotes, durante a gestação e lactação
- Evitar suplementos de cálcio sem orientação veterinária
- Realizar acompanhamentos periódicos com o veterinário durante a gestação (importante para a diferença entre febre do leite e mastite em gatos, por exemplo)
- Monitorar a saúde da gata lactante de perto
- Reduzir o tamanho da ninhada em casos de gatas suscetíveis
Prognóstico e Cuidados a Longo Prazo
Com um tratamento rápido e adequado, a recuperação de gatos com febre do leite geralmente é completa. No entanto, gatas que já tiveram a condição podem apresentar complicações da febre do leite em gatos em futuras gestações, exigindo monitoramento intensivo da saúde da gata lactante e, muitas vezes, recomendação para evitar novas crias ou limitar o tempo de amamentação. O tempo de recuperação da febre do leite em gatos pode variar, mas normalmente é rápido após o início do tratamento.
Perguntas Frequentes
- O que é febre do leite em gatos?
A febre do leite, ou eclâmpsia felina, é uma condição médica causada pela queda dos níveis de cálcio durante a amamentação, afetando principalmente gatas que deram à luz recentemente. Isso pode comprometer o funcionamento muscular e nervoso da gata e, sem tratamento, colocar sua vida em risco.
- Quais são os primeiros sintomas de eclâmpsia em gatas?
Os primeiros sinais incluem inquietação, respiração ofegante, tremores musculares, rigidez e diminuição do cuidado com os filhotes. Mudanças de comportamento e marcha alterada também são comuns.
- Quais gatas têm mais risco de desenvolver febre do leite?
Gatas de primeira viagem, com ninhadas grandes ou que receberam alimentação inadequada durante a gestação apresentam maior risco para o desenvolvimento da febre do leite.
- Como é feito o diagnóstico da febre do leite em gatos?
O veterinário baseia-se nos sintomas clínicos, no histórico recente de parto e realiza exames de sangue para medir os níveis de cálcio e confirmar a hipocalcemia.
- Qual é o tratamento de emergência para eclâmpsia felina?
O tratamento envolve administração intravenosa de cálcio, monitoramento cardíaco durante o procedimento e, em alguns casos, separação temporária dos filhotes com suporte adicional para a gata.
- A febre do leite em gatos pode ser prevenida?
Sim, é possível prevenir a eclâmpsia felina com alimentação balanceada rica em cálcio, acompanhamento veterinário durante a gestação e evitando suplementação desnecessária de cálcio.
- Pode tratar eclâmpsia felina em casa?
Não. Trata-se de uma emergência médica que exige intervenção veterinária imediata para evitar riscos graves à vida da gata. Tratamentos caseiros não são eficientes nem seguros nesse quadro.
- Quais as possíveis complicações se a febre do leite não for tratada?
Complicações incluem convulsões, danos neurológicos, parada cardíaca e até óbito da gata.
- Após recuperação, a gata pode amamentar normalmente?
Muitas vezes é necessário reduzir o tempo de amamentação ou complementar a alimentação dos filhotes até a completa recuperação da mãe, para evitar recaídas.
- Gatas que tiveram eclâmpsia podem ter novamente em futuras gestações?
Sim, essas gatas têm risco aumentado em futuras ninhadas e requerem monitoramento veterinário rigoroso a cada gestação.
Lembre-se: a febre do leite em gatos é uma emergência veterinária. A prevenção, com atenção à importância do cálcio para gatas lactantes, nutrição adequada e observação cuidadosa, é o melhor caminho. Saber reconhecer os primeiros sinais e agir rápido pode salvar a vida da sua gata.






