Os anos 1800 marcaram uma época dourada na história dos pugs na era vitoriana, transformando-os de importações exóticas do Oriente em companheiros adorados pela nobreza europeia e figuras da sociedade. Esse período fascinante moldou não apenas a aparência física dos pugs, mas também consolidou seu status como uma das raças de cães de estimação mais queridas da história.
Desde a defesa apaixonada da rainha vitória e a raça pug até sua evolução por meio do cruzamento seletivo, a história dos pugs no século 19 reflete as mudanças no panorama social da Europa vitoriana e oferece insights interessantes sobre o desenvolvimento da criação moderna de cães.
A Conexão Real: A Influência da Rainha Vitória
A profunda afeição da rainha vitória e a raça pug desempenhou um papel crucial na popularização dos pugs durante o século 19. Com aproximadamente 36 pugs em seus canis reais ao longo da vida, a rainha estabeleceu tendências que repercutiram em toda a sociedade britânica e além. Seu apoio foi além da mera propriedade — ela implementou reformas importantes nas práticas de criação de cães, incluindo a proibição de práticas cruéis, como a modificação das orelhas e o corte da cauda nos canis reais.
Evolução Física ao Longo do Século
A evolução física do pug século 19 revela que os pugs do início dos anos 1800 apresentavam um aspecto notavelmente diferente dos seus descendentes modernos. Esses primeiros pugs tinham pernas mais longas, traços faciais menos pronunciados e caudas com enrolamento simples. Suas faces eram menos achatadas, e os olhos menores e menos saltados em comparação com os pugs contemporâneos.
Duas linhas principais de criação surgiram na Inglaterra nesse período: a linha Morrison, reconhecida pela pelagem amarelo claro (fawn) e estrutura mais compacta, e a linha Willoughby, caracterizada pelo tom fawn mais acinzentado e traços faciais mais longos — destaca-se aqui a diferença entre linhas Morrison e Willoughby.
A Influência Chinesa e os Pugs Pretos
Um ponto de virada significativo ocorreu após 1860, após as Guerras do Ópio, quando novas variedades de pugs chegaram da China. Esses "Happa" pugs introduziram colorações mais escuras e influenciaram a aparência da raça. Em especial, a Baronesa Anna Brassey popularizou os pugs pretos e influência chinesa na Inglaterra ao adquirir um exemplar durante suas viagens à China, acrescentando uma nova dimensão à criação e popularidade dos pugs.
Status Social e Simbolismo
Os pugs tornaram-se símbolos poderosos do status social na sociedade vitoriana. Sua presença em retratos aristocráticos e obras de arte de artistas renomados como William Hogarth e Francisco Goya refletia seu vínculo com o refinamento e o luxo. O porte pequeno da raça os tornava particularmente adequados para a vida urbana, o que aumentou seu apelo entre as classes média e alta em crescimento — reafirmando seu simbolismo social do pug.
Reconhecimento da Raça e Padrões
O reconhecimento formal dos pugs pelo American Kennel Club em 1885 marcou um marco importante na história dos pugs na era vitoriana. Esse reconhecimento oficial permitiu o estabelecimento de padrões para a raça e a fundação do Pug Dog Club of America, contribuindo para a preservação e promoção das características distintivas dos pugs. Assim, consolidou-se o que hoje entendemos como padrões de raça pug século 19.
Pugs e Movimentos de Proteção Animal
A influência da rainha Vitória também se estendeu aos pugs e movimentos de proteção animal. Ao proibir práticas cruéis como a modificação das orelhas e o corte da cauda, ela teve um impacto positivo no tratamento desses cães em canis reais, demonstrando uma preocupação precoce com o bem-estar animal na criação de cães de estimação na época.
Embora os diferentes entre pug antigo e moderno sejam evidentes, a popularidade constante e o status estimado dos pugs como cães de companhia permanecem inalterados, um testemunho do impacto duradouro da sua era dourada vitoriana.
## Perguntas Frequentes
Como os pugs chegaram à Europa e se tornaram populares no século 19?
Os pugs chegaram à Europa por meio de comerciantes, se popularizando no século 19 devido ao apoio da realeza e à intensificação do comércio com a China.
Qual foi o papel da rainha Vitória na popularização dos pugs?
A rainha Vitória possuía dezenas de pugs e trouxe grande visibilidade à raça, além de influenciar práticas de bem-estar animal.
Como era a aparência dos pugs durante a era vitoriana?
Naquela época, os pugs tinham pernas mais longas, focinho menos achatado e cauda enrolada apenas uma vez.
Por que os pugs eram associados à elite e à nobreza vitoriana?
A posse de pugs era vista como símbolo de refinamento e status social, reforçado pela presença deles em retratos e círculos aristocráticos.
Qual a influência chinesa na evolução da raça pug durante os anos 1800?
No final do século 19, novos exemplares vindos da China trouxeram variações de cor e alteraram características físicas da raça.
O que tornou os pugs adequados para a vida urbana vitoriana?
O tamanho pequeno e o comportamento dócil tornaram os pugs ideais para residências urbanas das classes médias e altas.
Quando foram estabelecidos os padrões modernos da raça pug?
Os padrões modernos começaram a se definir no final do século 19, com a fundação de clubes e o reconhecimento da raça por instituições oficiais.
Quais eram as principais linhas de criação de pugs na Inglaterra vitoriana?
As linhas Morrison e Willoughby eram as mais conhecidas, ambas com características físicas distintas.
Como os pugs passaram a ser símbolos culturais durante a era vitoriana?
Eles apareciam em obras de arte e eram considerados representantes de requinte e luxo em ambientes nobres e burgueses.
A chegada dos pugs pretos impactou a popularidade da raça?
Sim, a introdução dos pugs pretos no final do século 19 ampliou a variedade e aumentou ainda mais o interesse pela raça.